NAPI Trinacional fortalece redes e contribui com planejamento urbano na fronteira

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NAPI Trinacional fortalece redes e contribui com planejamento urbano na fronteira


O primeiro NAPI criado no estado do Paraná tem um desafio singular: articular inovação e políticas públicas em um território trinacional que envolve cidades do Brasil, Paraguai e Argentina. O professor da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste) e articulador do Arranjo, Samuel Klauck, compartilhou os avanços mais recentes do projeto durante a 3ª Semana dos NAPIs, realizada em Curitiba, nos dias 11 e 12 de março.

Mesmo tendo sido implementado durante a pandemia, o NAPI Trinacional conseguiu manter a articulação entre diferentes setores e ampliar sua rede de atuação. “Nós somos o primeiro NAPI do estado do Paraná. Infelizmente boa parte dele foi desenvolvida na primeira fase dentro da pandemia, então foi uma situação que demandou muita resiliência”, lembra Samuel. 

Desde 2023, com o início da segunda fase do projeto, o foco tem sido consolidar a atuação da chamada quadrupla hélice, envolvendo academia, poder público, setor produtivo e sociedade civil organizada. “Restabelecemos e ampliamos os contatos com as universidades, ampliando o número de pesquisadores envolvidos e alcançamos parcerias com alguns NAPIs já estabelecidos”, afirma o professor.

 

O professor Samuel Klauck, durante a 3a Semana dos NAPIs (Foto/Milena Massako Ito)

 

Além da atuação institucional, o Arranjo criou um curso de especialização voltado à formação de lideranças comunitárias, utilizando metodologias ativas. O curso propõe desafios reais do território — apresentados por instituições locais — para que os alunos desenvolvam soluções ao longo de uma semana imersiva. “Estamos formando pessoas que estejam qualificadas e que, quando voltarem para suas prefeituras ou comunidades, possam auxiliar na tomada de decisões”, explica o professor. 

Na hélice acadêmica, o NAPI também apresenta resultados consistentes, com artigos, apresentações em eventos e orientações em níveis de iniciação científica, mestrado e doutorado. Para 2025, os objetivos incluem fortalecer essa produção científica e manter viva a rede trinacional. “Queremos que os agentes acadêmicos desse território se tornem referências sobre o que se diz e o que se produz sobre ele”.

Entre os próximos resultados esperados está a entrega de um mapeamento com georreferenciamento que deve subsidiar os processos de planejamento urbano em Foz do Iguaçu e Cidade do Leste, atualmente em reformulação. “Esse é um dos objetivos do NAPI: produzir subsídios para que as pessoas desse território, seja o poder público, as universidades ou o setor produtivo, possam tomar decisões”, conclui Samuel.

 

Assista ao vídeo abaixo para acompanhar a apresentação do NAPI Trinacional na 3a Semana dos NAPIs e saber mais detalhes das pesquisas do Arranjo. 


Por Guilherme de Souza Oliveira