NAPI Corpo em Movimento fala sobre unir pesquisa e impacto social durante a 3ª Semana dos NAPIs

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NAPI Corpo em Movimento fala sobre unir pesquisa e impacto social durante a 3ª Semana dos NAPIs


Arranjo reúne Universidades do Paraná para combater a vulnerabilidade social com artes marciais nas escolas públicas

 

Usar as artes marciais como ferramenta de transformação social é a proposta do Novo Arranjo de Pesquisa e Inovação (NAPI) “Corpo em Movimento: Formação Cidadã em Rede por Meio de Lutas Corporais”, um projeto que une esporte, ciência e educação para enfrentar a vulnerabilidade de crianças em escolas públicas do Paraná. A iniciativa marcou presença na 3ª Semana dos NAPIs, realizada nos dias 11 e 12 de março, no Campus da Indústria, em Curitiba, como exemplo de ação que alia produção científica e impacto social.

 

Idealizado inicialmente com apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e da Fundação Araucária, o projeto começou antes mesmo de integrar oficialmente os NAPIs. Ao longo de três anos, levou atividades de judô, capoeira, karatê e outras lutas para escolas da periferia em diferentes municípios do estado. Agora, com o reconhecimento como NAPI, a proposta avança também na área de pesquisa, especialmente na ciência do Movimento Humano e na Fisiologia.

 

Segundo o pesquisador da Universidade do Centro-Oeste de Paraná (Unioeste), Marcus Peikriszwili Tartaruga, que integra o NAPI, o projeto tem duas linhas principais: uma voltada à atuação social e educacional, com foco no combate à violência e ao bullying dentro das escolas, e outra voltada à ciência, com estudos sobre desempenho físico e impacto das atividades nas crianças participantes. “Já desenvolvemos pesquisas e artigos científicos apresentados em congressos nacionais. Com o NAPI, vamos ampliar ainda mais esse trabalho”, afirmou.

 

São nove Universidades do Paraná envolvidas, incluindo estaduais e federais, e cada uma delas adapta o projeto à realidade cultural de seu município. Em Jacarezinho, por exemplo, a Universidade Estadual do Norte do Paraná (Uenp) optou por trabalhar com o judô, por ser uma prática tradicional na região. Outras instituições utilizaram a capoeira, o karatê e outras modalidades, compondo um mosaico de práticas que respeita as características locais e amplia o alcance das atividades.

 

Durante a 3ª Semana dos NAPIs, o NAPI Corpo em Movimento apresentou os resultados já obtidos e as novas metas da iniciativa. A proposta é expandir o impacto social das atividades, ao mesmo tempo em que fortalece a produção de conhecimento científico no estado. A participação no evento evidenciou como a combinação entre educação, pesquisa e cultura pode transformar realidades e oferecer novas perspectivas para crianças em situação de vulnerabilidade.

 

Por Maria Eduarda de Souza Oliveira