NAPI Biodiversidade – Recursos Genéticos e Biotecnologia

A demanda principal é o impulsionamento da Ciência e do Desenvolvimento Sustentável da economia Paranaense por meio do melhor conhecimento e agregação de valor na Biodiversidade do estado.

Áreas prioritárias:
• Agricultura e Agronegócios
• Biotecnologia e Saúde
• Sociedade, Educação e Economia

Solução técnica proposta:
• Consolidar o NAPI biodiversidade como uma rede multidisciplinar e inovadora, apta a atender demandas do Estado que envolvam o uso sustentável da biodiversidade com consequente geração de riqueza e bem-estar à sociedade paranaense;
• Integrar grupos de pesquisa e stakeholder do Estado que atuam no estudo e conservação da biodiversidade paranaense;
• Executar ações para o alcance dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável ODS) da Agenda de 2030 da ONU;
• Promover a interação do NAPI Biodiversidade: Recursos Genéticos e Biotecnologia com outras redes de pesquisa, com a sociedade e com os setores público e produtivo, por meio da realização de atividades integradoras de divulgação do conhecimento e valorização da biodiversidade no Paraná, bem como da transferência de tecnologias e inovações;
• Prospectar componentes da biodiversidade microbiana, vegetal e animal para o desenvolvimento de produtos e processos biotecnológicos aplicados à saúde, agricultura e ao meio ambiente;
• Aplicar estratégias e produtos inovadores baseados em nano e biotecnologia para melhorar a produção de mudas utilizadas na implantação de florestas comerciais, paisagismo e restauração ecológica;
• Avaliar estoques de biodiversidade do Estado do Paraná para subsidiar o desenvolvimento de estratégias de conservação, identificação de áreas prioritárias para ações de manutenção dos recursos genéticos, recuperação dos serviços de ecossistemas terrestres ameaçados e também proteger o capital natural;
• Estabelecer um sistema de capacitação e formação de recursos humanos para atividades de conservação da biodiversidade e desenvolvimento tecnológico e inovação em nano e biotecnologia.

Resultados esperados:
Identificação de microrganismos com potencial para aplicação no desenvolvimento de bioinsumos aplicados à agricultura e ao meio ambiente
Impacto:
• Produção de mudas (florestas comerciais, restauração, ornamental) com maior eficiência e economia;
• Diminuição do uso de pesticadas, maior produtividade, maior lucro, diminuição da contaminação ambiental;
• Diminuição do uso de fertilizantes, maior produtividade, maior lucro diminuição da contaminação ambiental;
• Maior rentabilidade para as empresas parceiras co-detentoras dos direitos de prioridades intelectual dos produtos obtidos.

Identificação de moléculas derivadas de plantas com potencial para aplicação no desenvolvimento de bioinsumos aplicados à agricultura e ao meio ambiente.
Impacto:
• Novos tratamentos para doenças infecciosas;
• Novas moléculas antitumorais (tratamento contra o câncer);
• Novos bioinsumos para agricultura;

Obtenção de proteínas recombinantes derivadas de glândulas de veneno de animais peçonhentos.
Impacto:
• Obtenção de soro ou vacina antiveneno ou insumos terapêuticos.

Disponibilização de dados genéticos moleculares de espécies nativas de interesse comercial, de restauração e/ou ornamental.
Impacto:
• Obtenção de florestas comerciais com maior uniformidade, facilitando o manejo e aumentando rendimento;
• Recuperação de áreas degradadas com mudas de elevado potencial genético (maior variabilidade genética);
• Maior uniformidade na produção de espécies ornamentais em viveiros;
• Melhor manejo para tolerância a estresse ambiental em espécies de interesse comercial, ornamental ou de restauração.

Desenvolvimento de protocolos, manuais técnicos/cartilhas e cursos para viveiristas e produtores rurais.
Impacto:
• Maior eficiência na produção de mudas;
• Maior economia para o produtor rural pelo manejo correto;
• Melhoria na qualidade de vida dos viveirista e produtores rurais;
• Melhoria na conscientização da importância da conservação da natureza.

Disponibilização de inventários da flora e da fauna de insetos de ecossistemas ameaçados, de coleção coleções ex-situ e de planos de conservação para plantas ameaçadas de extinção, construção de mapas e/ou outros produtos cartográficos para a síntese de dados relacionados à distribuição de espécies e áreas prioritárias para conservação e restauração.
Impacto:
• Subsídio para órgãos ambientais do Estado e de municípios e para ações do Ministério Público na tomada de decisões em conservação;
• Referência para órgãos ambientais, profissionais de meio ambiente e proprietários rurais em ações de licenciamento, manejo e conservação.

Formação de recursos humanos, publicação de artigos e depósitos de patentes.
Impacto:
• Melhoria dos Cursos de Pós-Graduação do estado;
• Melhoria da qualidade de vida dos profissionais treinados em atividades do projeto pela obtenção de melhor educação;
• Aumento dos profissionais capacitados para trabalhar pelo desenvolvimento sustentável do estado;
• Destaque do Paraná como estado engajado do desenvolvimento sustentável;
• Melhoria do posicionamento do estado no desenvolvimento de produtos tecnológicos.

Instituições parceiras:
• Universidade Estadual de londrina UEL
• UNICENTRO Paraná
• Universidade Estadual de Maringá UEM
• UNIOESTE
• Universidade Estadual de Ponta Grossa UEPG
• Universidade Federal do Paraná UFPR
• Universidade Tecnológica Federal do Paraná UTFPR
• Emitte Lucen Tuam UENP
• Agrocete
• Nitro 1000
• Chaua
• Instituto Tecnológico Vale
• CPPI
• Simbiose
• Iguassu Valley
• Instituto Água e Serra
• Embrapa
• GAEMA
• CNCFLORA
• Centro de Síntese em Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos
• Epagri
• COMAFEN
• IDR-Paraná
• Instituto Chico Mendes
• IPA
• Universidade de São Paulo USP
• UNESP
• UFMT
• UFABC
• UFRJ
• Universidade Federal da Grande Dourados
• UNISO
• UFSC

Fomento:
• Equipamentos e materiais permanentes R$ 257.200,00
• Material de consumo R$ 353.425,50
• Serviços de terceiros- Pessoa jurídica R$ 95.977,50
• Diárias R$ 109.080,00
• Bolsas R$ 1.750.125,00
• TOTAL GERAL R$ 2.565.808,00

Link da apresentação:
https://www.youtube.com/live/L7MwgMpH-ng?feature=share

Justificativa:
O desenvolvimento da sociedade humana está historicamente fundamentado no uso da biodiversidade. Como conceito, a biodiversidade compreende a variedade de formas de vida do planeta em todos os níveis organizacionais, como molecular, gênico, orgânico, populacional, de comunidades e de ecossistemas, que possuam valor real ou potencial para a economia, ciência, meio ambiente e sociedade. Assim, a biodiversidade inclui desde a variedade de princípios ativos para combater doenças e a diversidade genética de espécies selvagens e cultivadas, até a diversidade de espécies e funções envolvidas em processos ecossistêmicos. Em adição, a biodiversidade e os recursos genéticos constituem a base para o desenvolvimento de produtos, processos e serviços de base biotecnológica que busquem garantir a segurança alimentar, ambiental, sanitária e econômica do ser humano, em uma base sustentável. Atualmente, entende-se a bioeconomia como um conjunto de valores éticos sobre a relação natureza-sociedade, bem como suas consequências, visando oferecer soluções baseadas na natureza, bem como agregar valor macroeconômico por meio de pesquisa, desenvolvimento e inovação, para gerar e/ou aprimorar produtos e processos. A aliança entre biodiversidade, tecnologia e inovação é a base da bioeconomia. Além disso, as atividades do setor estão no cerne de grande parte dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU, desde a segurança alimentar até a garantia de acesso à energia e saúde. Sendo o Brasil reconhecido por possuir grande parcela da biodiversidade do planeta, com elevado endemismo de espécies e diversidade de ecossistemas, deve-se considerar seu potencial protagonismo nesse campo. Por outro lado, a aceleração na degradação ambiental (gerando perda de informação biológica) e o declínio dos serviços ecossistêmicos são fatores de risco para tal setor produtivo. Uma das iniciativas necessárias é o conhecimento e valoração da biodiversidade e dos serviços ecossistêmicos.

Resumo:
A biodiversidade é a maior provedora de produtos e serviços para a humanidade, os quais em conjunto são denominados serviços ecossistêmicos. No último século, a crescente demanda por matéria prima para atender as necessidades humanas levou a uma forte degradação ambiental, comprometendo a manutenção da biodiversidade e, consequentemente, os serviços ecossistêmicos que dependem de componentes desta biodiversidade, muitas vezes ainda desconhecidos. Em adição, os impactos negativos da intervenção humana sobre o meio ambiente evidenciam a necessidade de adoção de um novo modelo de desenvolvimento, no qual exista um equilíbrio entre uso e a conservação dos recursos naturais, permitindo a manutenção da biodiversidade e, consequentemente, dos serviços ecossistêmicos. Este novo modelo de desenvolvimento sustentável pode ser alcançado por meio de novas aplicações tecnológicas de soluções baseadas na natureza, que permitam conhecer, produzir e/ou transformar e/ou reciclar os recursos naturais atualmente utilizados e aqueles ainda disponíveis. Neste sentido, ações de prospecção, valorização e conservação 5 da biodiversidade proporcionam não somente a possibilidade da continuidade dos serviços ecossistêmicos essenciais, mas também garantem a manutenção dos recursos genéticos, que são preciosos para impulsionar o desenvolvimento de novos produtos e processos biotecnológicos. Portanto, os recursos genéticos - que, de forma abrangente, são as espécies animais, vegetais e microbianas de valor econômico, científico, social ou ambiental, atual ou potencial - constituem um ativo importante para alcançar novos modelos de desenvolvimento econômico e social, sustentáveis e perduráveis, a partir de seu conhecimento e sua aplicação em produtos e bioprocessos, em consonância com a Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU), da qual o Estado do Paraná é signatário dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) propostos. O NAPI Biodiversidade: Recursos Genéticos e Biotecnologia propõe ações coordenadas e direcionadas à ampliação do conhecimento sobre a biodiversidade do Estado do Paraná, à definição de instrumentos para conservação sobretudo dos ecossistemas e espécies ameaçadas, e sobre suas potencialidades biotecnológicas, por meio da avaliação dos estoques, indicação de áreas prioritárias e de ações de conservação, resgate, identificação e seleção de componentes da biodiversidade para aplicações na agricultura, produção animal, saúde, meio ambiente e na indústria de transformação. A avaliação dos estoques de biodiversidade priorizará ecossistemas pouco conhecidos e ameaçados, sendo efetivada por meio da prospecção em coleções biológicas seguida de inventários da biodiversidade in situ, assim como de avaliações do meio abiótico e das condições de conservação dos remanescentes. A análise dos dados subsidiará o estabelecimento de instrumentos de conservação, como indicação de porções territoriais prioritárias para criação de áreas protegidas, recomendações de manejo de conservação e restauração, sobretudo de espécies ameaçadas e endêmicas, assim como a disseminação de informações de aplicação prática na conservação e uso sustentável dos remanescentes naturais e de seus recursos genéticos, destacando-se neste âmbito a facilitação da bioprospecção com fins de sustentabilidade. A bioprospecção de microrganismos, plantas e moléculas com objetivo de identificar potenciais biotecnológicos definidos será realizada em etapas, de maneira a facilitar as fases de isolamento e caracterização de grupos microbianos, vegetais, e metabólitos especializados. Como resultado, serão obtidos bioativos e microrganismos prospectados em diferentes unidades fitogeográficas do Estado do Paraná, com indicação de suas respectivas aplicações biotecnológicas. Todas as ações de bioprospecção estarão cadastradas no SISGEN (Sistema Nacional de Gestão do Patrimônio Genético e do Conhecimento Tradicional Associado), com informações e organismos disponibilizados às Instituições de Ensino e Pesquisa, como também ao setor produtivo, para servir como base ao desenvolvimento de novos insumos biotecnológicos. O NAPI Biodiversidade: Recursos Genéticos e Biotecnologia tem como proposta a união de 48 pesquisadores e 75 bolsistas de 10 Instituições paranaenses juntamente com colaboradores da gestão pública e dos setores de produção em uma rede multidisciplinar que objetiva o atendimento de demandas da sociedade e do poder público que envolvam a prospecção, conservação e uso sustentável da biodiversidade, resultando em geração de riqueza e bem-estar. Para atingir os objetivos do NAPI, nos próximos três anos, os trabalhos serão concentrados no cumprimento de 5 metas, que envolvem: 1) prospecção da biodiversidade microbiana para o desenvolvimento de produtos e processos biotecnológicos; 2) prospecção da biodiversidade vegetal e animal para o desenvolvimento de soluções aplicadas à saúde, agricultura e meio ambiente; 3) nanotecnologia e biotecnologia aplicadas à melhoria da produção de mudas para fins de implantação de florestas comerciais, paisagismo e restauração ecológica; 4) avaliação dos estoques de biodiversidade para desenvolvimento de instrumentos de conservação e de manutenção dos serviços de ecossistemas terrestres ameaçados do Paraná; 5) interação com a sociedade e com outras redes de pesquisa por meio da realização de atividades integradoras para a divulgação do conhecimento e valorização da biodiversidade no Paraná, bem como com a gestão pública e o setor produtivo via transferência de tecnologias e inovações. Para cada meta proposta há um grupo de pesquisadores com experiência nos métodos a serem utilizados, potencializando o sucesso da mesma. Como resultados esperados que contribuam para o desenvolvimento sustentável, é possível destacar: indicação de microrganismos e moléculas derivadas de plantas e animais nativos com potencial 6 biotecnológico; genes com potencial de uso como marcadores de impacto ambiental e para seleção de plantas e microrganismos de interesse; patentes; indicação de áreas com potencial biotecnológico elevado; protocolos para produção de mudas de espécies nativas; notas técnicas para agricultores, inventários de biodiversidade com indicação de espécies prioritárias para conservação e potenciais para bioprospecção, mapas de áreas relevantes para conservação de estoques de biodiversidade; coleções biológicas para conservação do patrimônio genético; planos de conservação para espécies com elevado risco de extinção; difusão de conhecimentos por meio da realização de treinamentos, cursos, palestras e disponibilização de cartilhas e guias; formação de recursos humanos com elevada qualificação; produção de artigos científicos, dissertações, teses, divulgação e popularização científica, entre outros. Vale ressaltar que o resultado mais importante que será produzido pelo NAPI não é quantificável em apenas três anos, pois este resultado é a transformação da sociedade e da economia do Estado do Paraná pelo impacto a médio e a longo prazo da rede de pesquisadores formada, do conhecimento científico e dos produtos/processos biotecnológicos produzidos, da transferência de informações e tecnologia para a gestão pública e o setor produtivo e do capital humano treinado. Desse modo, o NAPI Biodiversidade: Recursos Genéticos e Biotecnologia contribuirá efetivamente para a implantação da Agenda 2030 da ONU no Estado, auxiliando na construção de um Paraná mais rico e sustentável até 2030.

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