NAPI Biodiversidade

A demanda principal é:
• Coordenar os trabalhos de implantação e consolidação de um novo NAPI no Estado do Paraná;
• Integrar em uma rede multidisciplinar os principais grupos de pesquisa e stakeholders do Estado que atuam em áreas relacionadas à biodiversidade;
• Formar recursos humanos qualificados para atuar em áreas relacionadas à biodiversidade;
• Apoiar a Fundação Araucária na criação e promoção de ações relacionadas à biodiversidade, com ênfase na mitigação das mudanças climáticas e na conservação e uso sustentável da biodiversidade

Áreas prioritárias:
• Transformação Digital;
• Desenvolvimento Sustentável;
• Agricultura & Agronegócios;
• Biotecnologia & Saúde;
• Energias Renováveis;
• Cidades Inteligentes;
• Sociedade, educação e economia

Solução técnica proposta:
• Entender os efeitos da seca sobre espécies arbóreas e microrganismos da Mata Atlântica;
• Desenvolver estratégias de base biotecnológica para programas de restauração florestal;
• Avaliar o balanço econômico e aceitação social das soluções desenvolvidas.

Resultados esperados:
• Padrões unificadores nas respostas de árvores e da microbiota do solo ao estresse por seca em 3 tipos florestais (Mata Atlântica paranaense, Floresta Mediterrânea francesa e Floresta Temperada alemã);
• Coleção com 518 estirpes de bactérias associativas isoladas de mudas arbóreas nativas da Mata Atlântica;
• Linhagens de microrganismos capazes de aumentar o sucesso de programas de reflorestamento;
• Materiais baseados na natureza capazes de aumentar o sucesso de programas de reflorestamento – compósitos biodegradáveis;
• Materiais baseados na natureza capazes de aumentar o sucesso de programas de reflorestamento;
• Materiais baseados na natureza capazes de aumentar o sucesso de programas de reflorestamento;
• Articulação de nova rede de pesquisadores de IES do Estado do Paraná- Implementação de novos NAPI: -NAPI Biodiversidade: Recursos Genéticos e Biotecnologia -NAPI Biodiversidade: Serviços Ecossistêmicos;
• Mapeamento de viveiros de produção de mudas florestais (Paraná, Santa Catarina e São Paulo): em andamento;
• Análise de viabilidade econômica: a iniciar;
• Ações de disseminação de resultados: três reportagens produzidas pela TV UEL; três reuniões virtuais com parceiros estrangeiros; workshop presencial (março de 2023).

Instituições parceiras:
• UNESPAR
• UNIOESTE
• UEM
• UENP
• UNICENTRO
• UEPG
Entre outros.

Fomento:
• Despesas de capital R$ 3.500,00
• Despesas de custeio R$ 225.500,00
• Passagens e diárias internacionais R$ 42.258,00
• Diárias nacionais R$ 5.400,00
• Bolsas R$ 282.600,00
• TOTAL GERAL R$ 559.258,00

Link para o grupo na plataforma iAraucaria e contato com facilitadores:
https://www.iaraucaria.pr.gov.br/itl/#/home/groups/timeline?58a47feb=15

Link da apresentação:
https://www.youtube.com/live/L7MwgMpH-ng?feature=share

Justificativa:
Populações humanas invariavelmente dependem da biodiversidade para promoção do seu bem-estar e manutenção de seus sistemas produtivos. A magnitude de sua importância para os humanos não surpreende pela abrangência de seu significado. Como biodiversidade entende-se a variedade de formas de vida do planeta em todos os níveis organizacionais como molecular, gênico, orgânico, populacional, de comunidades e de ecossistemas. Assim, a biodiversidade inclui desde a variedade de princípios ativos para combater doenças e a diversidade genética de espécies selvagens e cultivadas, até a diversidade de espécies e funções envolvidas em processos ecossistêmicos, como decomposição, produção primária, ciclagem de nutrientes e fluxos de energia que sustentam sistemas agrícolas, bem como toda a vida na Terra. Neste contexto, assume relevância o fato de que a biodiversidade é promotora de infindáveis benefícios aos humanos. Tais benefícios são conhecidos como serviços ecossistêmicos (também chamados de serviços ambientais) e correspondem aos bens e produtos provindos da natureza que proporcionam qualidade de vida às populações humanas, mantendo atividades econômicas e gerando fluxos financeiros. Os serviços ecossistêmicos são categorizados como serviços de provisão (ex. alimento, água, combustíveis, fibras, produtos bioquímicos e medicinais, recursos genéticos), serviços de suporte (ex. produção de oxigênio, ciclagem de nutrientes, formação de solo), serviços de regulação (ex. Regulação do clima, regulação hídrica, polinização) e serviços culturais (ex. valores estéticos, espirituais e religiosos, recreação e ecoturismo) (Milleniun Ecosystem Assessment, 2005). Estima-se que serviços ecossistêmicos provindos dos sistemas naturais e da biodiversidade fornecem aos sistemas econômicos aproximadamente 125 trilhões de dólares ao ano (Constanza et al. 2014 – Global Environmental Change 26:152) No entanto, recursos ecossistêmicos estão sendo erodidos pela ação de estressores antrópicos, sendo os principais a destruição e fragmentação de habitats, a poluição, a sobre-exploração, as invasões biológicas e as mudanças climáticas. A ação combinada destes estressores têm provocado perdas aceleradas de biodiversidade e, por consequência, dos bens por ela providos, impactando grandemente a qualidade de vida das populações humanas e a segurança de sistemas econômicos e sociais. Este cenário é motivo de preocupações por caminhar no sentido oposto da sustentabilidade, que é a propriedade de sistemas humanos e biológicos em permanecerem produtivos indefinidamente. Para tanto, é necessário que componentes sociais e econômicos operem de forma que os efeitos de atividades humanas permaneçam dentro de “limites”, de modo a não destruir sistemas ecológicos e ambientais provedores de serviços ecossistêmicos. Neste contexto, são crescentes as demandas de governantes por modelos de desenvolvimento econômico que unam em sua estrutura a importância igualitária de determinantes sociais, econômicos e ambientais. A ênfase sobre a necessidade de acomodar tal filosofia à gestão econômica foi tema central da Cúpula da Terra do Rio de 1992, sendo sua importância reafirmada em sucessivos eventos posteriores que reuniram lideranças mundiais para traçar estratégias e implementar ações para o alinhamento da prosperidade econômica à conservação de ambientes e recursos naturais visando o desenvolvimento sustentável. Em 2015, especificamente, ocorreu na sede da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York, a Cúpula das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável, quando os países envolvidos, incluindo o Brasil, adotaram formalmente uma agenda de desenvolvimento sustentável e se comprometeram a executar ações para o alcance dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODSs), os quais são comuns a todos os países do globo. Estes incluem 17 amplos objetivos com 169 metas associadas.

Resumo:
A biodiversidade é a maior provedora de produtos e serviços para a humanidade, os quais são denominados em conjunto de serviços ecossistêmicos. No último século, a crescente demanda por matéria prima para atender as necessidades humanas levou a uma forte degradação ambiental, comprometendo os serviços ecossistêmicos. Para minimizar os efeitos já causados na biodiversidade pelo crescimento desordenado, é necessário adotar o modelo de desenvolvimento sustentável, no qual há um equilíbrio entre uso e a conservação, permitindo a manutenção da biodiversidade e, consequentemente, dos serviços ecossistêmicos. Para implantar a Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU), o Estado do Paraná é signatário dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) propostos pela Agência. Assim, a expansão do NAPI Biodiversidade é uma ferramenta de elevada importância para auxiliar no cumprimento dos ODS no Estado. O NAPI Biodiversidade tem como proposta a união de 95 pesquisadores e 144 bolsistas de 12 Instituições paranaenses juntamente com colaboradores fora da academia em uma rede multidisciplinar que objetiva o atendimento de demandas da sociedade e poder público que envolvam a prospecção, conservação e uso sustentável da biodiversidade. Para atingir os objetivos do NAPI, nos próximos três anos os trabalhos serão concentrados com vistas ao cumprimento de 14 metas, que envolvem: a prospecção de microrganismos e de moléculas de espécies vegetais com potencial de uso na indústria, no agronegócio, na saúde e na recuperação ambiental; a melhoria de produção de mudas de espécies nativas com interesse comercial e na restauração; a avaliação dos serviços ecossistêmicos associados à polinização, com vistas no incremento da produção agrícola, da meliponicultura e da apicultura paranaenses; a avaliação de serviços ecossistêmicos associados às matas ciliares e aos ambientes aquáticos continentais, como a manutenção da qualidade dos recursos hídricos (potabilidade e/ou balneabilidade) e estoques pesqueiros; a relação entre os serviços ecossistêmicos e as políticas públicas ambientais; a avaliação da relação das florestas urbanas com a conservação e a saúde pública (reservatórios e sentinelas de arbovírus); a avaliação e indicação de áreas do Estado com estoques diferenciados de biodiversidade, com potencial para prospecção e necessidades urgentes de conservação; a criação do observatório paranaense de espécies não-nativas com vistas na mitigação de perdas econômicas e ambientais; o desenvolvimento de ferramentas tecnológicas para uso na caracterização e monitoramento da biodiversidade do Estado; e a interação com a sociedade por meio da extensão, da transferência de tecnologia e da popularização do conhecimento científico com vistas a valorização da biodiversidade e dos serviços ecossistêmicos. Para cada meta proposta, há um grupo de pesquisadores com experiência nos métodos a serem utilizados, potencializando o sucesso da mesma. Como resultados esperados nos próximos três anos que contribuem para o desenvolvimento sustentável, é possível destacar: microrganismos e moléculas derivadas de plantas nativas com potencial biotecnológico, genes com potencial de uso como marcadores para seleção de plantas de interesse, softwares para monitoramento da biodiversidade, subsídios para a formulação de políticas públicas, patentes, indicação de áreas com potencial biotecnológico elevado, protocolos para produção de mudas de espécies nativas, notas técnicas para agricultores, lista de espécies, mapas e demais produtos cartográficos, coleções biológicas, realização de treinamentos, cursos e palestras, treinamento de estudantes de técnicos, artigos científicos, entre outros. Vale ressaltar que o resultado mais importante que será produzido pelo NAPI Biodiversidade não é quantificável em apenas três anos, pois este resultado é a transformação da sociedade e da economia do Estado do Paraná pelo impacto a médio e a longo prazo da rede de pesquisadores formada, do conhecimento científico e dos produtos biotecnológicos produzidos e do capital humano treinado. Desse modo, o NAPI Biodiversidade contribuirá efetivamente para a implantação da Agenda 2030 da ONU no Estado, auxiliando na construção de um Paraná mais rico e sustentável até 2030.


Projetos envolvidos

Biodiversidade do Paraná Fundação Araucária & Fundação Grupo Boticário (CONSERVATHON)

CP 14/2020: Biodiversidade

Valor total: R$ 149.790,00

ID NAPI Nome do projeto Valor Total do Projeto Instituições Envolvidas Situação do projeto
TC 022/2021 Biodiversidade do Paraná Fundação Araucária & Fundação Grupo Boticário (CONSERVATHON) - (Smart Harpia: customização em monitoramento ambiental remoto) R$ 149.790,00 IFPR Vigente

NAPI Biodiversidade

PI 13/2021

Valor total: R$ 559.258,00

ID NAPI Nome do projeto Valor Total do Projeto Instituições Envolvidas Situação do projeto
104/2021 PDI Implantação e consolidação do Novo Arranjo de Pesquisa e Inovação em Biodiversidade do Estado do Paraná – NAPI BIODIVERSIDADE R$ 450.358,00 UEL/IDR-Paraná Vigente
105/2021 PDI Implantação e consolidação do Novo Arranjo de Pesquisa e Inovação em Biodiversidade do Estado do Paraná – NAPI BIODIVERSIDADE R$ 9.600,00 UENP Vigente
106/2021 PDI Implantação e consolidação do Novo Arranjo de Pesquisa e Inovação em Biodiversidade do Estado do Paraná – NAPI BIODIVERSIDADE R$ 50.100,00 UEPG Vigente
107/2021 PDI Implantação e consolidação do Novo Arranjo de Pesquisa e Inovação em Biodiversidade do Estado do Paraná – NAPI BIODIVERSIDADE R$ 49.200,00 UEM Vigente

SPIN SINBIOSE

PI 24/2021

Valor total: R$ 54.000,00

ID NAPI Nome do projeto Valor Total do Projeto Instituições Envolvidas Situação do projeto
157/2021 PDI Síntese sobre intensificação da polinização: biodiversidade e agricultura sustentável R$ 54.000,00 UFPR Vigente