NAPI Alimento e Território

A demanda principal é pesquisar e cooperar a favor da soberania alimentar e segurança alimentar e nutricional: produção de alimentos de base agroecológica (in natura e processados) e de outros ativos territoriais voltados para a população paranaense (mercados locais e regionais).

Áreas prioritárias:
• Desenvolvimento Sustentável
• Agricultura e Agronegócios
• Sociedade, Educação e Economia

Solução técnica proposta:
• Coproduzir conhecimentos na interface universidade-território por meio da formação, da pesquisa e da extensão, tendo como base o desenvolvimento sustentável.
• Potencializar os saberes populares que mobilizam patrimônios e ativos territoriais na produção de bens e serviços que contribuem para o desenvolvimento do Sudoeste e do Litoral do Paraná, contribuindo para aumentar a renda das famílias e tornar o Paraná referência internacional no desenvolvimento territorial sustentável.
• Contribuir para alcançar os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (2, 3, 10, 11, 12 e 17).
• Compreender como ocorre a produção dos alimentos agroecológicos e das plantas medicinais.
• Identificar limites da transformação dos alimentos agroecológicos nas instituições assessoradas pelos parceiros do NAPI (ONGs, cooperativas, associações).
• Qualificar os processos de gestão e inovação tecnológica para a melhoria dos processos de processamento e comercialização das famílias dos agricultores, contribuindo para que possam aumentar os rendimentos familiares.
• Mapear as agroindústrias familiares artesanais, visando potencializar a oferta de uma cesta de bens e serviços.
• Contribuir para tornar o Paraná referência internacional de desenvolvimento territorial sustentável e para a internacionalização dos PPGs envolvidos no NAPI.
• Caracterizar e avaliar a agrobiodiversidade de maior relevância nos territórios (milho, plantas medicinais, mandioca, batata doce, banana, feijão, hortaliças e frutíferas), desenvolvendo processos de melhoramento genético participativo, disponibilizando sementes e mudas.
• Formar recursos humanos e criar o Laboratório Territorial de Formação, Pesquisa e Extensão.

Resultados esperados:
• Contribuição para o bem-estar das famílias produtoras dos alimentos agroecológicos e artesanais, bem como dos consumidores urbanos
• Contribuição para alcançar os objetivos do Desenvolvimento Sustentável (2, 3, 10, 11, 12 e 17)
• Coproduzir e socializar conhecimentos no interface universidade-território
• Produção de metodologias participativas e tecnologias adaptadas aos ecossistemas do Litoral e Sudoeste do PR
• Formação de recursos humanos e internacionalização dos PPGs envolvidos no NAPI: 2 IC, 3 AP, 4 M, 2 D, 5 PD (bolsistas)
• Atendimento direto de famílias de agricultores de 21 municípios (14 do Sudoeste e 5 do Litoral) com sementes, mudas e processamento de alimentos familiares e típicos = cerca de 350 famílias rurais + 4 escolas do campo, 1 Casa Familiar Rural e 1 escola urbana.
• Realização de 40 oficinas, 20 dias técnicos e 6 cursos: capacitação famílias. Publicação dos cadernos territoriais para o consumidor: cesta de bens e serviços dos territórios.
• Construção de 53 planilhas de controle e gestão dos custos de produção.
• Melhoramento genético participativo e conservação genética.
• Diversificação dos produtos para comercialização de 95 famílias (agrobiodiversidade).
• Ampliação das tecnologias agroecológicas
• Ampliação dos meios de comercialização, especialmente das redes curtas.
• Organização festas típicas de cada ecossistema.
• Publicações em periódicos (inter)nacionais: 13
• Publicações de livros: 4
• Participação em 17 eventos nacionais e internacionais, com publicações nos respectivos anais.
• Formação de recursos humanos: 2 IC, 3 AP, 4 M, 2 D, 5 PD (bolsistas) + outros orientandos

Instituições parceiras:
• Centro de Apoio e Promoção da Agroecologia CAPA, Núcleo Verê
• Fundação Luterana de Diaconia FLD
• Núcleo de Estudos e Produção Orgânica (NEA Juçara/ UFPR Litoral)
• Núcleo de Estudos em Agroecologia e Produção Orgânica da UTFPR (NEA/ UTFPR Dois Vizinhos)
• Grupo de Estudos em Desenvolvimento Territorial Sustentável (UFPR Litoral)
• Associação dos Pequenos Produtores Rurais para Sustentabilidade da Mata Atlântica (Acampamento José Lutzenberger)
• Agroindústria Comunitária - Comunidade do Rio Pequena – Antonina
• Cozinha Comunitária, Comunidade Caiçara do Guaraguaçú/ Pontal do Paraná
• Associação comunitária do Guaraguaçú (ACOMÇÚ)
• Associação Comunitária Candonga – Cozinha Comunitária de Morretes
• IFPR Paranaguá (PPG Ciência, Tecnologia e Sociedade)
• Unidade Regional IDR Paranaguá, Dois Vizinhos e Francisco Beltrão
• Universidad Autónoma Chapingo - México: Posgrado en Ciencias en Desarrollo Rural Regional (mestrado e doutorado)
• El Colegio de Tlaxcala - México: Posgrado en Desarrollo Regional (mestrado e doutorado)
• Universidad Distrital Francisco José de Caldas – Bogotá: Maestría en Desarrollo Sustentable y Gestión Ambiental (mestrado)
• Universidad Pedagógica y Tecnológica de Colombia, Bogotá: Estudios de Postgrado en Geografia (mestrado e doutorado)
• Universidad del Tolima – Ibagué, Colômbia: Maestría en Territorio, Conflicto y Cultura (mestrado)
• Universitá Degli Studi di Torino - Itália: Area and Global Studies for International Cooperation (doutorado) - UNITA/EU/GEMINAE!
• Universidad Nacional de La Plata, Argentina: Doctorado en Geografía (UNLP/CONICET)
• Università Degli Studi del Molise - Itália: Scienze del Servizio Sociale (doutorado)
• Università Degli Studi Roma Tre - Itália: Dottorato di Ricerca Storia, Territorio e Patrimonio Culturale (doutorado)
• Universidad de Costa Rica - San José: Maestría Académica en Geografía
• Universidad de Caldas - Manizales, Colombia: Maestría y Doctorado en Estudios Territoriales.

Fomento:
• Equipamentos e material permanente: R$ 405.200,00
• Material de consumo: R$ 43.270,00
• Serviços de terceiros: R$ 89.200,00
• Passagens: R$ 34.528,00
• Diárias: R$ 139.248,00
• Bolsas: 924.000,00
• Total geral: R$ 1.650.446,00

Cronograma de execução:
2023
• Diagnosticar e compreender como ocorre a produção dos alimentos agroecológicos e das plantas medicinais derivadas das ações dos parceiros no Sudoeste e no Litoral do Paraná 6 oficinas, 40 entrevistas, cartografia social de 30 % das famílias agroecológicas certificadas etc.
• Identificar limites da transformação dos alimentos agroecológicos nas cooperativas e associações parceiras do NAPI Participação em eventos: 4; Trabalhos completos em eventos: 4; Publicações de artigos: 5; Cartilha informativa: 1; cozinhas comunitárias/familiares: 3 etc.
• Compreender e qualificar os processos de gestão e inovação tecnológica para a melhoria dos processos de processamento e comercialização Planilhas de agricultores: 50; Oficinas: 3; Cursos: 2; Artigos: 05; Trabalho completo eventos: 03; Livros nacionais: 03 Cartilha informativa: 1 etc.
2023 – 2024
• Mapear as agroindústrias familiares artesanais Relatórios técnicos: 2; Cartografia social de 30 % das famílias de agricultores; Oficinas temáticas: 3; Folders: 4; Cartilha: 1 etc.
• Contribuir para tornar o Paraná referência internacional de desenvolvimento territorial sustentável e para a internacionalização dos Programas Trabalhos completos: 03; Artigos internacionais: 03; Livro internacional: 01; Org. evento internacional: 01; part. Eventos internacionais: 5 etc.
• Contribuir para tornar o Paraná referência internacional de desenvolvimento territorial sustentável e para a internacionalização dos Programas Trabalhos completos: 03; Artigos internacionais: 03; Livro internacional: 01; Org. evento internacional: 01; part. Eventos internacionais: 5 etc.
• Formar recursos humanos nos níveis de iniciação científica (IC), mestrado, doutorado e pós-doutorado Cursos: 04; Oficinas: 04; Dias técnicos: 18; Laboratório Territorial: 1; IC: 1; Mestres: 04; Doutores: 2; AP: 3; PD: 5 (bolsistas) + outros orientandos.
2023 – 2024 – 2025
• Caracterizar e avaliar a agrobiodiversidade de maior relevância nos territórios (ex.: milho, plantas medicinais mandioca, batata doce, banana, feijão, dentre outras hortaliças e frutíferas), com vistas a desenvolver processos de melhoramento genético participativo (MGP), multiplicar e disponibilizar sementes e mudas, Laboratório Territorial: 1; Entrevistas: 100; Oficinas: 10; melhoramento genético: 5 plantas; Construção da casa de vegetação: 1; Encontros de trocas de sementes: 4 etc.

Link da apresentação:
https://youtu.be/mI3R7HkqC9s

Justificativa:
Após a revolução verde, gerou-se um quadro agravante de deterioração dos recursos naturais, diminuição da qualidade dos alimentos e exclusão de grandes parcelas da população rural, as quais muitas vezes encontram-se em estado de insegurança alimentar ou foram condicionadas à migrar para as cidades. Diante desta realidade se fazem necessários investimentos junto às comunidades rurais, buscando aliar o conhecimento popular com a preservação do ambiente, melhores condições alimentares e garantia da soberania, segurança alimentar e nutricional, passando pela necessidade de utilização de práticas de agricultura sustentável, como é o caso da Agroecologia. A Agroecologia é um campo crescente de investigação e seus esforços de aproximação entre áreas do conhecimento científico e não científico, como ocorre nos movimentos ambientalista e da reforma agrária, os saberes de povos tradicionais e dos agricultores familiares. Ainda, para que a Agroecologia aconteça, é importante que as três dimensões
(ciência, movimento e prática) estejam interconectadas pela sustentabilidade, como tema e processo transversal, por meio da pesquisa-ação realizada na interface universidade- território, como evidenciaremos mais adiante. Quando observamos os dados da agricultura familiar no Paraná, facilmente percebemos a importância dessa prática na produção de alimentos. Conforme os dados do IBGE (Censo Agropecuário, 2017 - condição do produtor), do total de 41.376 estabelecimentos rurais do Sudoeste do Paraná (37 municípios), 36.327 estão classificados como familiares (87,8%) e 5.049 como não familiares (12,2%). Do conjunto dos estabelecimentos agropecuários, 34.815 estão no estrato de área de até 100 ha, correspondendo a 95,4%, praticamente o mesmo percentual de 2006 (Censo Agropecuário). Destes, 16.720 estabelecimentos rurais têm menos de 10 ha (48% do total do estrato de até 100 ha). Ainda com base no Censo Agropecuário de 2017, há, no Sudoeste do Paraná, 97.105 trabalhadores na agropecuária, dos quais 84.296 são considerados familiares (86,8%) e 12.809 não familiares (13,2%), ou seja, assalariados. Nos 37 municípios do Sudoeste do Paraná, em 2017, permanece o predomínio dos cultivos da soja e do milho, porém, como se identificou em 2006, outros cultivos se destacam, tais como trigo, mandioca, feijão e cana-de-açúcar (Censo Agropecuário, 2017), juntamente com uma rica variedade de alimentos agroecológicos. Na produção agroecológica, em 2016, havia uma concentração dos estabelecimentos certificados pela Rede Ecovida de Agroecologia, em Verê, Francisco Beltrão e Itapejara d’Oeste, justamente onde atua o CAPA- Verê, que apoia tecnicamente esta produção de alimentos voltados para o mercado regional, tais como mandioca, tomate, batata-doce, alface, rúcula, repolho, pepino, beterraba, cebola, chicória, abóbora, moranguinho, bergamota, laranja, uva, figo, ameixa, abacate, banana, mamão etc, entre outras, juntamente com a produção de plantas medicinais e do processamento artesanal de alimentos orgânicos. Também identificamos, no Sudoeste do PR, a reincidência histórica dos produtos transformados artesanal e familiarmente, tais como queijo, açúcar-mascavo, suco de uva, geleias, conservas, vinhos, vinagre e embutidos, formando um patrimônio regional de grande importância cultural e ambiental (SAQUET, 2017, 2021).

Resumo:
Por meio das atividades de pesquisa-ação (extensão) do Grupo de Estudos Territoriais (GETERR) – UNIOESTE – Campus de Francisco Beltrão, já realizamos diferentes projetos de cooperação e inovação tecnológica com produtores agroecológicos de distintos municípios do Sudoeste do Paraná e com moradores da periferia urbana de Francisco Beltrão. Os principais projetos de pesquisa e extensão que já realizamos, e servem de base para esta proposta, são os seguintes: i) “Projeto Vida na Roça” (1996-1998); ii) “Projeto Vida no Bairro” (2002-2006); iii) “Agricultura familiar agroecológica nos municípios de Verê, Itapejara d’Oeste e Salto do Lontra (Sudoeste do Paraná), como estratégia de inclusão social e desenvolvimento territorial” (2009-2013), com financiamento do Programa Universidade Sem Fronteiras (SETI/PR) e da Fundação Araucária (Edital 24/2012: Programa Universal/Pesquisa Básica e Aplicada). Ao longo da realização desses projetos, construímos um ativo interinstitucional amplo e diversos, trabalhando na interface entre a universidade e a sociedade regional, entre ciência e saber popular, valorizando os saberes camponeses e demais inteligências territoriais, a formação de recursos humanos, a disseminação do conhecimento produzido em cada projeto, as ações participativas de desenvolvimento comunitário e territorial, a produção agroecológica de alimentos e as redes curtas (especialmente diretas) de comercialização.
De modo geral ativamos territorialidades no campo e na cidade, aproximando produtor rural e consumidor urbano, inovando sempre que necessário para que as pessoas envolvidas em cada projeto pudesse interagir e cocriar soluções vinculadas ao desenvolvimento sustentável e à autonomia decisória. Ao longo desses 25 anos trabalhando com pesquisa e extensão universitária, estabelecemos fortes vínculos colaborativos com prefeituras municipais (Francisco Beltrão, Verê, Itapejara d’Oeste, Salto do Lontra etc.), sindicatos dos trabalhadores rurais e urbanos, ONGs (como o CAPA – Verê), CRESOL, universidades do Sudoeste do Paraná (UTFPR– DV e UTFPR – PB), associações de moradores urbanos e de agricultores ecológicos. Também estabelecemos intercâmbios nacionais com instituições como a UFPR-Litoral, onde há um arranjo para ser ampliado, qualificado e potencializado com a UFPR (Programa de Pós-graduação em Desenvolvimento Territorial Sustentável – PPGDTS – Linha de pesquisa Socioeconomia e Saberes Locais; Programa de Pós-graduação em Meio Ambiente e Desenvolvimento- PPGMADE), com o Núcleo de Estudos e Produção Orgânica (NEA Juçara), com a Associação dos Pequenos Produtores Rurais para Sustentabilidade da Mata Atlântica (Acampamento José Lutzenberger), a Associação Comunitária do Guaraguaçú (ACOMÇÚ), a Cozinha Comunitária da Candonga/Morretes, com o IFPR - Paranaguá (PPG Ciência, Tecnologia e Sociedade), com a Estação IDR-Morretes, com o Grupo de Pesquisa em Desenvolvimento Territorial Sustentável (GPDTS/UFPR), com o Programa de Educação Tutorial Comunidades do Campo (PET CC UFPR) e com agroindústrias familiares (farinheiras, engenhos de cachaça etc.). Outrossim, firmamos convênios e intercâmbios internacionais, com instituições listadas no item 1 – Parceiros internacionais. Assim, constituímos um patrimônio a favor da gestão participativa e em rede do desenvolvimento territorial de base ecológica, local e regional. Já temos uma rede de cooperação ancorada territorialmente em relações de proximidade geográfica, institucional, produtiva e de consumo dos alimentos agroecológicos e artesanais, coproduzindo soluções de inovação tecnológica, organizacional e de inteligência territorial, bem como contribuindo para atingir os objetivos 2, 3, 10, 11, 12 e 17 dos ODS 2030. E é este arranjo já constituído, no Litoral e no Sudoeste do Paraná, que pretendemos ampliar e qualificar institucionalizando como “NAPI ALIMENTO E TERRITÓRIO”.


Entre para nosso time!

Faça parte deste arranjo de inovação e ajude a construir uma história de sucesso no Paraná!

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