Por Guilherme de Souza Oliveira
Com soluções voltadas tanto à indústria quanto à educação, o NAPI Robótica avança no desenvolvimento de tecnologias com identidade regional e aplicações concretas no Paraná. A iniciativa tem como objetivo articular centros de pesquisa em torno de projetos que envolvem inspeção de infraestruturas, monitoramento ambiental e formação de professores.
Segundo um dos articuladores do NAPI e professor da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), Ronnier Rohrich, entre os projetos em desenvolvimento estão robôs voltados à inspeção de linhas de transmissão de energia elétrica em usinas do estado. Outra frente são os robôs dedicados ao monitoramento ambiental, capazes de analisar solo, qualidade do ar, intensidade luminosa e níveis de radiação ultravioleta — com foco, por exemplo, na prevenção ao câncer de pele em centros esportivos.
Com investimento de R$ 6 milhões da Fundação Araucária e mais R$ 3 milhões do CNPq, o NAPI Robótica também prevê impacto direto na educação pública. Uma das metas é a oferta de um curso de pós-graduação lato sensu voltado à formação de professores da rede estadual que ainda não têm familiaridade com a robótica. “Essa é uma área muito complexa. Envolve o princípio ‘ver, pensar e agir’, e é isso que queremos ensinar aos educadores, para que possam repassar esse conhecimento em Robótica aos seus alunos”, explica o professor.
Parcerias já estão em andamento com as prefeituras de Pinhais e Maringá para a implementação dos cursos, ampliando o alcance das ações do núcleo. Estas e outras conquistas foram destaque no estande do Arranjo durante a 3a Semana dos NAPIs, que aconteceu entre os dias 11 e 12 de março, em Curitiba.
“Este evento é essencial para divulgarmos os protótipos em andamento e mostrarmos o que já está sendo entregue e o que ainda virá como solução”, conclui Ronnier .